A receita do sucesso: número de treinadores no ano pode definir o rebaixamento ou classificação para a competição continental.
Por Bruno Proton
De acordo as reportagens publicadas pelo site globoesporte.com no período de 2003 até 2020, estima-se que o tempo médio de permanência de um treinador em um clube da elite do futebol brasileiro é de 5.9 meses. Esse número acaba refletindo negativamente na qualidade do espetáculo e também na posição ocupada pelos clubes ao final do Campeonato Brasileiro, a principal competição do calendário nacional. É possível observar no gráfico acima, que a média de treinadores efetivos durante a temporada de uma equipe que terminou no G4 da competição nacional, foi superior a 2 somente uma vez, durante o período de tempo determinado. Todos os campeões nacionais ou estavam abaixo da média ou bem próximo, o 5° colocado, por dois anos, 2017 e 2019, teve menos treinadores do que a média do G4. Nos anos de 2010, 2017 e 2019 o 16° colocado na tabela de classificação, apesar de ter tido uma média maior do que os clubes do Z4, não seguiu a tendência e não foi rebaixado. O que nos leva a concluir que as equipes que têm até 2 treinadores em um ano, tem mais chances de terminar no G4, enquanto as equipes que tendem a terminar o campeonado no Z4, contratam mais de 2 treinadores no mesmo espaço de tempo.
O planejamento dos clubes para a disputa do Campeonato começa muito antes do seu início, ao escolher o treinador que irá comandar a equipe durante a temporada. A escolha deve (ou pelo menos, deveria) se pautar não só nas características de jogo do treinador, nos atletas disponíveis e no orçamento previsto para contratações, mas também do cenário atual do clube e uma análise criteriosa das pretensões da equipe ao final da temporada. A escolha entre disputar o título, uma vaga no G4 e classificação para o torneio continental ou a briga contra o rebaixamento são diferentes momentos que requerem estratégias específicas.
Nesse quesito, é fundamental destacar a importância da diretoria do clube, já que os profissionais responsáveis pela decisão quanto a contratação do treinador, precisam ter a exata noção do que esperar do desempenho da equipe durante o ano, baseados em parâmetros de avaliação pré-estabelecidos para o decorrer da temporada.
A verdade incoveniente é: não existe milagre. Um treinador recém-chegado ao clube terá muitas dificuldades e sua equipe oscilará mais durante o campeonato do que uma equipe com um treinador com mais tempo no cargo. Se o elenco é curto e com poucas peças de reposição, lesões e suspensões durante o campeonato poderão ser uma dificuldade a mais para alcançar os melhores resultados.
Tendo uma média tão baixa de permanência dos treinadores nos clubes, é nítido que a grande maioria dos dirigentes não tem o mínimo critério ou noção do porquê contrata e dispensa o profissional. Sequência de derrotas, a ilusão de que a equipe possa estar disputando nas cabeças quando o objetivo principal deveria ser manter-se na primeira divisão, além do total desconhecimento técnico do que se passa dentro do campo, é o resultado de entusiastas que se tornam dirigentes incapacitados para os cargos que ocupam, que tomam decisões sem nenhum embasamento (afinal, temos mais de 100 milhões de treinadores e árduos conhecedores por aí). Uma equipe com 3 trocas de comando durante o ano, será incapaz de apresentar um futebol com constância e boas ideias e seu rendimento irá refletir na tabela da competição.
Este ano, a projeção dos números mostra muita semelhança com os anos anteriores. Fora do G4 hoje, Fluminense e Grêmio ainda não trocaram de comando no ano e provavelmente vão disputar na parte de cima da tabela até o fim do campeonato. Na parte de baixo, o Botafogo já no seu 4 técnico em 2020 parece em um caminho sem volta para o rebaixamento à série B. Fora do Z4, Red Bull Bragantino, Ceará e Sport, que já acumulam 3 treinadores na atual temporada, irão lutar contra o rebaixamento até o fim do campeonato.
No futebol profissional o que importa no fim das contas é o resultado e isto não tem que mudar, o que é preciso saber identificar é o porquê de os resultados serem negativos ou positivos e não exigir um desempenho diferente daquilo que a equipe pode apresentar. A grande maioria dos clubes da elite nacional é dotada de núcleos de análise e analistas capacitados para oferecer aos dirigentes relatórios ajudando no melhor cenário para tomada de decisões. A média é muito baixa, mas aqueles que se mantêm próximo ou abaixo são os que alcançam os melhores resultados ao final do campeonato.
O futebol não é uma ciência exata, mas já evoluiu a tal ponto que não é difícil perceber alguns sinais, que se utilizados de maneira assertiva, permitirão aos clubes um melhor desempenho durante o ano. O esporte 4.0 já conta com bases tecnológicas que nos permite prever, mensurar, planejar e controlar desempenhos e resultados. Então, o que falta para que os dirigentes decidam melhor?
De acordo as reportagens publicadas pelo site globoesporte.com no período de 2003 até 2020, estima-se que o tempo médio de permanência de um treinador em um clube da elite do futebol brasileiro é de 5.9 meses. Esse número acaba refletindo negativamente na qualidade do espetáculo e também na posição ocupada pelos clubes ao final do Campeonato Brasileiro, a principal competição do calendário nacional. É possível observar no gráfico acima, que a média de treinadores efetivos durante a temporada de uma equipe que terminou no G4 da competição nacional, foi superior a 2 somente uma vez, durante o período de tempo determinado. Todos os campeões nacionais ou estavam abaixo da média ou bem próximo, o 5° colocado, por dois anos, 2017 e 2019, teve menos treinadores do que a média do G4. Nos anos de 2010, 2017 e 2019 o 16° colocado na tabela de classificação, apesar de ter tido uma média maior do que os clubes do Z4, não seguiu a tendência e não foi rebaixado. O que nos leva a concluir que as equipes que têm até 2 treinadores em um ano, tem mais chances de terminar no G4, enquanto as equipes que tendem a terminar o campeonado no Z4, contratam mais de 2 treinadores no mesmo espaço de tempo.
O planejamento dos clubes para a disputa do Campeonato começa muito antes do seu início, ao escolher o treinador que irá comandar a equipe durante a temporada. A escolha deve (ou pelo menos, deveria) se pautar não só nas características de jogo do treinador, nos atletas disponíveis e no orçamento previsto para contratações, mas também do cenário atual do clube e uma análise criteriosa das pretensões da equipe ao final da temporada. A escolha entre disputar o título, uma vaga no G4 e classificação para o torneio continental ou a briga contra o rebaixamento são diferentes momentos que requerem estratégias específicas.
Nesse quesito, é fundamental destacar a importância da diretoria do clube, já que os profissionais responsáveis pela decisão quanto a contratação do treinador, precisam ter a exata noção do que esperar do desempenho da equipe durante o ano, baseados em parâmetros de avaliação pré-estabelecidos para o decorrer da temporada.
A verdade incoveniente é: não existe milagre. Um treinador recém-chegado ao clube terá muitas dificuldades e sua equipe oscilará mais durante o campeonato do que uma equipe com um treinador com mais tempo no cargo. Se o elenco é curto e com poucas peças de reposição, lesões e suspensões durante o campeonato poderão ser uma dificuldade a mais para alcançar os melhores resultados.
Tendo uma média tão baixa de permanência dos treinadores nos clubes, é nítido que a grande maioria dos dirigentes não tem o mínimo critério ou noção do porquê contrata e dispensa o profissional. Sequência de derrotas, a ilusão de que a equipe possa estar disputando nas cabeças quando o objetivo principal deveria ser manter-se na primeira divisão, além do total desconhecimento técnico do que se passa dentro do campo, é o resultado de entusiastas que se tornam dirigentes incapacitados para os cargos que ocupam, que tomam decisões sem nenhum embasamento (afinal, temos mais de 100 milhões de treinadores e árduos conhecedores por aí). Uma equipe com 3 trocas de comando durante o ano, será incapaz de apresentar um futebol com constância e boas ideias e seu rendimento irá refletir na tabela da competição.
Este ano, a projeção dos números mostra muita semelhança com os anos anteriores. Fora do G4 hoje, Fluminense e Grêmio ainda não trocaram de comando no ano e provavelmente vão disputar na parte de cima da tabela até o fim do campeonato. Na parte de baixo, o Botafogo já no seu 4 técnico em 2020 parece em um caminho sem volta para o rebaixamento à série B. Fora do Z4, Red Bull Bragantino, Ceará e Sport, que já acumulam 3 treinadores na atual temporada, irão lutar contra o rebaixamento até o fim do campeonato.
No futebol profissional o que importa no fim das contas é o resultado e isto não tem que mudar, o que é preciso saber identificar é o porquê de os resultados serem negativos ou positivos e não exigir um desempenho diferente daquilo que a equipe pode apresentar. A grande maioria dos clubes da elite nacional é dotada de núcleos de análise e analistas capacitados para oferecer aos dirigentes relatórios ajudando no melhor cenário para tomada de decisões. A média é muito baixa, mas aqueles que se mantêm próximo ou abaixo são os que alcançam os melhores resultados ao final do campeonato.
O futebol não é uma ciência exata, mas já evoluiu a tal ponto que não é difícil perceber alguns sinais, que se utilizados de maneira assertiva, permitirão aos clubes um melhor desempenho durante o ano. O esporte 4.0 já conta com bases tecnológicas que nos permite prever, mensurar, planejar e controlar desempenhos e resultados. Então, o que falta para que os dirigentes decidam melhor?

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